Querida,
Depois de algum tempo de penúria e perda dos primeiros
quilinhos, você se depara com um problema que acontece na maioria das dietas de
emagrecimento.
O famoso efeito “platô”...
Que nada mais é do que um hiato no programa da dieta.
Parece que o regime parou de funcionar apesar de você
continuar seguindo rigorosamente as regras sugeridas. Isso acontece porque
nosso organismo tenta se defender de um possível período de restrição e passa a
estocar mais energia, dificultando a perda de peso.
Em nutrição, o efeito platô ocorre para que o corpo possa
assimilar a nova situação nutritiva a qual está sendo exposto nesse espaço de
tempo, no entanto, não significa que a dieta não vai mais dar certo. O platô é
sempre temporário.
Durante o mesmo regime, a pessoa pode passar por mais de um
período de platô, dependendo de quantos quilos ela quer perder.
Além do platô, outros acontecimentos podem estar empacando a
sua dieta. Veja o que dizem os especialistas.
Confira:
A nutricionista Marcela Frias, da Clínica Dicorp, lembra
também que, normalmente, as pessoas que estão seguindo uma dieta, depois de
certo tempo, se tornam menos cuidadosas e não tomam as mesmas precauções do
início do regime:
— Elas nem percebem que não estão sendo tão cuidadosas mais.
O problema, segundo Marina Capella, também da Clínica
Dicorp, é que muitas vezes as pessoas vêm a dieta apenas como um período de
restrições. Ao se aproximar da meta, já estão cansadas de tanto “não pode” e
acabam se permitindo uma porção a mais de determinado alimento, uma sobremesa,
uma taça de vinho extra...
— A sensação de já estar mais magro e as roupas mais
folgadas também acabam contribuindo para uma falsa impressão de que essas
escapadas não vão comprometer o resultado final — ressalta Marina.
De acordo com Alfredo Cury, não adianta ficar horas a fio
sem comer nada. Pelo contrário. Isso faz com que o metabolismo diminua a
velocidade e, conseqüentemente, o indivíduo acaba engordando. Para ele, vale
variar a modalidade esportiva ou alterar a série da musculação em certos
intervalos de tempo. O nutricionista alerta, no entanto, que não adianta
praticar uma semana e na outra ficar sem fazer nada.
— O ideal é que se faça uma avaliação personalizada, de
acordo com as características de cada um (estilo de vida, questões hereditárias
de doenças que favoreçam o ganho de peso, além de outros fatores que levam a
uma desordem metabólica). A partir daí poderá ser montado um cardápio
específico.
Dicas da nutricionista Marcela Frias, da Clínica Dicorp:
— Beba bastante água: com água suficiente, o fígado cumpre
melhor suas funções, entre elas metabolizar a gordura dos alimentos. Isso contribui
para perda dos últimos quilinhos, além auxiliar no funcionamento intestinal.
— Não pule nenhuma refeição: comer a cada três horas é
importante para manter o metabolismo mais acelerado.
— Aposte nos alimentos termogênicos: chá-verde, gengibre,
canela e pimenta vermelha têm o poder de elevar a temperatura corporal
promovendo um alto gasto energético ao serem processados, ajudando na perda de
peso. Além disso, aumentam o ritmo do metabolismo. Tempere os grelhados com
pimenta (dedo de moça, pimenta-do-reino ou malagueta), rale gengibre na salada,
no suco, na sopa, no chá e coloque canela em fruta quente ou no iogurte.
— Controle a ingestão de carboidratos, gorduras e proteínas:
dê preferência por carboidratos de baixo índice glicêmico, proteínas magras, gorduras
boas e alimentos ricos em fibras. Esses nutrientes devem ser consumidos em
proporções adequadas mantendo sempre o prato com menos carboidratos e mais
proteínas (mas não em quantidade exagerada).
— Prefira carboidratos de baixo índice glicêmico: são eles
pão, arroz e massas integrais, granola, grãos e cereais integrais, raízes como
batata-doce. Por terem um índice glicêmico entre médio e baixo, evitam picos de
insulina (hormônio que favorece o estoque de gordura).
— Aposte nas fibras: verduras, legumes e frutas são fonte de
fibras. Eles garantem uma maior saciedade além de ajudar no funcionamento
intestinal.
— Invista nas proteínas magras: ou seja, vindas de alimentos
com pouca gordura, como peixe, frango, ovo, iogurte desnatado e queijo magro.
— Aproveite as gorduras boas: azeite extravirgem, castanhas,
abacate, sementes de chia e linhaça. A gordura boa também está presente em
peixes como atum, salmão e sardinha.
— Comece o almoço pela salada: coma a salada primeiro,
devagar e depois inicie a refeição principal. Isso já vai garantindo certa
saciedade nos ajudando a não comer mais do que podemos no prato principal.
— Não relaxe no fim de semana: em apenas dois dias você pode
repor aquele quilo perdido.
— Continue malhando: aumente a intensidade da atividade
física.
Então... Desesperar JAMAIS!!!!!
Siga o conselho dos especialistas e mantenha a calma.
Manter o foco é fundamental.
Beijos da KIKI